:: Reporter JCCPara ter sucesso o PR de causas tem que estar nas entranhas da empresaLaryssa Avila17/05/2018 19:31:00Cada vez mais as
organizações falam em PR de causas, já que clientes e seus diversos públicos querem
enxergar os reais valores da organização e o que está por trás de seus produtos
e serviços. Por esse motivo, o assunto foi abordado durante o 21º Congresso
Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, que a Mega
Brasil Comunicação realizou dia 16 e 17 de maio, no Centro de Convenções
Rebouças,
em São Paulo: Na
tarde do último dia 17, sob o tema, “PR
de causas: a confiança como base para a construção da reputação” Rodrigo Pinotti, Diretor Geral do Jeffrey Group Brasil, Luiz Carlos Dutra,
membro do Conselho Consultivo da Camargo
Correa, Daniela Antunes,
Diretora de Comunicação Corporativa da GE
e Christine Bona De Napoli, Diretora
de Governança Corporativa, Comunicação e Recursos Humanos do Banco Société Générale Brasil, discutiram as
práticas e os novos valores trabalhados pelo PR nas empresas
Rodrigo
Pinotti, que atuou como mediador, explicou que diante desta nova
realidade do mercado, agências foram criadas para trabalhar apenas este tipo de
ação, por conta da demanda pela busca de reconhecimento e da representação da
pluralidade, deixando um pouco de lado a
comunicação da marca para focar no comportamento da empresa, que passou a ser
condição essencial neste novo cenário. “Não é fácil aplicar as ações
relacionadas a causas, pois antes é necessário a empresa passar por uma ‘ressonância
organizacional’, em que inicialmente vive-se a verdade e depois a repassa, lembrando
também que não adianta falar a verdade e não ter uma história interessante a
contar”, explicou.
Para Luiz Carlos Dutra, membro do Conselho
Consultivo da Camargo Correa, as pessoas
e as empresas enfrentam mudanças o tempo todo na sociedade e no mercado, que
saiu da visão de processos técnicos e sistemas centralizados e está cada vez
mais entrando em sistemas de conexão constante. “Do ponto de vista interno da
organização, o ambiente corporativo deixou de ser estático e começou a ser
representado por um sistema mais descentralizado, com conexões mais
distribuídas e reais, e, consequentemente, por um processo de engajamento, uma vez
que a causa vai além da comunicação”, explicou Luiz.
Para identificar o
propósito da empresa e o porquê dela existir, deve-se passar inicialmente por
uma reflexão: ‘O que fazemos?’, ‘Como fazemos?’ e ‘Por que fazemos?’. Essa
reflexão são combinações ideais que estimulam todos os públicos a se
relacionarem com uma empresa e marca, tornando a visão e os objetivos comuns, automaticamente
gerando impactos positivos e fazendo a diferença no mercado. “A empresa pode
fazer diversas ações, as pessoas querem saber o que esta por trás de cada
marca”, garantiu.
Daniela
Antunes, Diretora de Comunicação Corporativa da GE para a América Latina trouxe para a mesa um pouco das estratégias
da organização da empresa, que abraçou diversas causas, e que consequentemente tornou
parte da cultura organizacional. “Hoje ao invés de falar sobre as inovações e
tecnologias, passamos a transmitir as informações de forma diferente, usando
outros tipos de narrativas e envolvendo diversos assuntos sobre diversidade. Isso
gerou reconhecimento e diversos prémios para a organização”, disse. Daniela Antunes afirmou que é
necessário de fato que as causas sejam a base da cultura e não apenas uma
narrativa. Para ela é importante que as empresas realmente assumam o
compromisso. “Internamente as ações são estimuladas, podendo todos funcionários
independentemente de cargo trazer ideias, pois a diversidade em ações depende
inicialmente do engajamento interno”, disse. A prática torna-se um diferencial
competitivo e a partir do momento que a essência está enraizada na cultura
organizacional e que todos estão dentro do mesmo pensamento, aí sim saímos para
comunicar o público externo para ampliar o diálogo. “As pessoas gostam e querem
saber se a empresa é coerente e condizente com as coisas que diz ser, e a GE é
uma empresa global, multicultural e, portanto ela deve ser diversificada”,
explicou.
A Diretora de
Governança Corporativa, Comunicação e Recursos Humanos do Banco Société Générale
Brasil, Christine Bona De Napoli
reforçou a ideia de que não adianta fazer PR de causa se a essência não estiver
implantada na cultura organizacional. “É necessário construir uma cultura
altamente adaptável, guiada por visão e orientada por valores, que focalizem as
necessidades e a experiência dos funcionários”, complementou. Christine apresentou um modelo de
mensuração da cultura organizacional que torna possível compreender qual a
consciência organizacional de acordo com as respostas de cada funcionário, e
analisar também a consciência pessoal de cada um, e a partir disso traçar uma estratégia
de mudança de cultura. “Não fazemos mudança cultural em uma organização se não
tivermos os primeiros líderes atuando nisso, pois as organizações são feitas de
pessoas, a liderança é que propaga os valores; então os lideres devem ser os
primeiros a estar alinhados à cultura”, disse.
Voltar